Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher – que transcorre neste sábado, 8 – grande parte dos eventos alusivos a esta data aborda a questão do empreendedorismo. Neste contexto, o site Mulheres em Foco conversou com Denise Araújo, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), da Federação das Associações Comerciais do Pará – Faciapa.
Por que é essencial a representatividade de mulheres empreendedoras na região amazônica?
A representatividade feminina no empreendedorismo da Amazônia é essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região. As mulheres empreendedoras geram empregos, fortalecem a economia local e promovem inovação em setores como comércio, turismo, tecnologia e sustentabilidade. Além disso, sua presença ativa incentiva outras mulheres a assumirem papéis de liderança, reduzindo desigualdades e criando um ambiente mais inclusivo. No contexto amazônico, onde há desafios logísticos e acesso limitado a recursos, a presença de empreendedoras é um fator chave para o desenvolvimento sustentável e a valorização das riquezas regionais.
Quais os principais desafios para mulheres líderes na Amazônia?
As mulheres que assumem posições de liderança na Amazônia enfrentam desafios significativos, como acesso restrito a crédito e investimentos, dificuldades logísticas devido à infraestrutura regional e a necessidade de conciliar múltiplas jornadas entre trabalho, família e comunidade. Além disso, a cultura ainda carrega resquícios de preconceitos que limitam a ascensão feminina em cargos de decisão. A escassez de redes de apoio e a falta de políticas públicas voltadas ao empreendedorismo feminino também tornam o caminho mais desafiador. No entanto, com a crescente organização de grupos e conselhos voltados ao fortalecimento da mulher empreendedora, esses obstáculos estão sendo enfrentados com mais força.
O que é destacado na formação de liderança feminina?
A formação de lideranças femininas enfatiza competências como inteligência emocional, negociação, comunicação assertiva e gestão estratégica. Além disso, a construção de uma mentalidade de autoconfiança e resiliência é fundamental para enfrentar desafios e se posicionar no mercado. O networking e a participação em grupos de apoio também são incentivados, pois fortalecem a troca de experiências e promovem novas oportunidades de negócios. A liderança feminina, especialmente na Amazônia, é marcada pelo impacto social, buscando não apenas o crescimento individual, mas o desenvolvimento coletivo da comunidade.
