Evento em Belém debate clima, saúde, educação e tecnologia na região amazônica às vésperas da COP 30

Com a finalidade de debater os impactos das mudanças climáticas na saúde de quem vive na Amazônia, foi realizado nesta terça-feira, 10, em Belém, o Exame ESG  Summit 2025, reunindo profissionais da área médica para refletir sobre a questão.

O evento foi aberto por Renata Faber, diretora de ESG na Exame; por Thais Fernandes, gestora da Afya Educação Médica Belém e por Gustavo Meirelles, médico e vice-presidente da Afya.

“O principal objetivo desse evento foi discutir o que acontece quando a gente não cuida do meio ambiente e entender como isso atinge a saúde. Para o debate, trouxemos uma diversidade de profissionais para essas discussões, aqui temos líderes sociais, médicos, jornalistas e pessoas envolvidas com o apoio a grupos vulneráveis”, ressaltou Thais Fernandes.

Thais Fernandes, gestora da Afya Educação Médica Belém
Thais Fernandes, gestora da Afya Educação Médica Belém

O evento foi dividido em quatro painéis. O primeiro com o tema “Ano de COP, atenções voltadas para o clima: por quê falar de mudanças climáticas é falar de saúde” com a participação da diretora do Instituto Evandro Chagas, Lívia Martins; da diretora adjunta da Vital Strategies, Luciana Sardinha; e do jornalista Rodrigo Cunha, fundador do Profile, como mediador.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima será realizada na capital paraense, de 10 a 21 de novembro.

O segundo painel abordou o tema ” A saúde na região Amazônica: cases e adaptações, sobretudo para grupos vulneráveis” e contou com as falas do médico infectologista Fagner Carvalho, coordenador do Serviço Especializado em Doença de Chagas de Abaetetuba; e Eduarda Batista, que é articuladora ambiental na Rede Jandyras. O mediador foi o jornalista Daniel Nardin, fundador do projeto Amazônia Vox.

“A Rede Jandyras é formada por mulheres de diferentes áreas que lutam por justiça climática. Estamos trabalhando para potencializar a voz de mulheres na discussão das pautas ambientais, tanto no âmbito da sociedade civil quanto no Poder Público”, explica Eduarda, que é arquiteta e urbanista.

Ela também exemplificou que, atualmente, a Rede Jandyras está auxiliando a Comunidade Sucurijuquara, localizada no Distrito de Mosqueiro, de Belém, através da escuta e interlocução, que culminará no lançamento da Carta de Direitos Climáticos, previsto para agosto, com as principais demandas elencadas, na maior parte, pelas mulheres extrativistas.

No canto direito, a arquiteta e urbanista Eduarda Batista, que é articuladora ambiental na Rede Jandyras.
No canto direito, a arquiteta e urbanista Eduarda Batista, que é articuladora ambiental na Rede Jandyras.

O terceiro painel teve como participantes Renata Faber, na mediação; o pesquisador do projeto Harmonize Brazil, Fabrício Aleixo; e Felipe Dias, coordenador do Observatório de Saúde e Meio Ambiente do Sertão produtivo, para debater o tema “Como a tecnologia e a educação podem mudar o jogo nas perspectivas da saúde”.

O quarto e último painel pôs em debate o tema “Cuidar e dar voz às populações tradicionais da Amazônia: uma necessidade humana e ambiental”, com as participações da diretora de ESG na Exame; e de Valéria Carneiro, liderança do Fundo Quilombola Mizizi Dudu.

O exame ESG Summit2025 foi promovido por Exame, com patrocínio da Afya e parceria de mídia do Amazônia Vox.