Projeto cria programa de combate à violência contra a mulher em regiões rurais

O Projeto de Lei 4695/24 cria uma política nacional de enfrentamento à violência contra a mulher nas regiões rurais. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.

 

O autor do projeto, deputado Fausto Pinato (PP-SP), argumenta que é urgente combater a violência contra a mulher no campo, onde os desafios sociais muitas vezes se somam às dificuldades de acesso a recursos e serviços.

 

“A adoção de medidas efetivas para proteger e empoderar as mulheres rurais é crucial para garantir a igualdade de gênero e a plena realização dos direitos humanos fundamentais”, afirma.

 

Diretrizes

As diretrizes da política de enfrentamento à violência contra a mulher nas regiões rurais, que deverá será adotada por estados e municípios, são as seguintes:

 

realização de campanhas para informar os direitos das mulheres;

fortalecimento de redes de apoio, envolvendo líderes comunitários, professores, profissionais de saúde, para identificar situações de violência;

capacitação das mulheres para aumentar suas habilidades e a independência econômica;

acesso a serviços de saúde, incluindo atendimento médico, psicológico e apoio às vítimas de violência;

capacitação de policiais e profissionais da Justiça;

acesso à Justiça, por meio de clínicas jurídicas móveis, orientação jurídica gratuita e assistência na obtenção de medidas protetivas;

criação de aplicativos para fornecer informações às mulheres em situação de violência;

apoio psicossocial;

promoção da independência econômica, a partir da criação de oportunidades de emprego e renda para mulheres rurais;

avaliação e monitoramento contínuos; e

articulação intersetorial dos programas governamentais já existentes.

Próximos passos

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Defesa dos Direitos da Mulher; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias